Causa constante de preocupação dos pais durante a gravidez, a circular cervical de cordão, é o termo adequado para o que é popularmente chamado de “o cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê “.
Com frequência somos questionadas sobre a presença delas durante a realização do ultrassom. Então, vamos esclarecer um pouquinho esse assunto?
O cordão umbilical é formado por três vasos (duas artérias e uma veia) envolvidos por fina membrana, o âmnio. No final da gestação, possui comprimento de 50 a 60 cm. Uma das pontas fica inserida na placenta e a outra ponta inserida no abdome do feto.
Através do cordão umbilical passa o sangue fetal levando o oxigênio, hormônios, anticorpos e nutrientes que foram obtidos na placenta, vindos através do sangue materno.
A presença de circulares de cordão é mais comum do que se imagina, podendo estar presente em até 40% dos bebês na hora do parto. No decorrer da gestação, a movimentação fetal faz com que muitas vezes o bebê se enrole e desenrole do cordão nas mais variadas partes do corpo, pernas, braços, tronco e pescoço.
A presença de circular cervical, ou seja ao redor do pescoço, ainda na gestação não causa sufocamento do bebê, pois o fluxo de oxigênio é garantido pelo sangue através do cordão, e não pela respiração através das vias aéreas.
Durante o trabalho de parto, a atenção e os cuidados do obstetra garantirão as melhores condições para o nascimento seguro do bebê, mesmo na eventual presença das circulares de cordão.
Drª Andrea Maria Andraus Dantas, Especialista em Medicina Fetal: CRM 12791 e RQE 13600.